Pelotas atualmente é conhecida como a Capital Nacional do Doce devido ao seus
famosos e deliciosos doces portugueses, no entanto ao longo da história foi o Sal que
permitiu o desenvolvimento da cidade do Doce e tal título. Isso mesmo,você não leu errado, o Sal.
O Charque e sua relação com os Doces de Pelotas:
(Charqueada) Fonte: Projeto Pelotas Memória
O Charque é um alimento típico do Rio grande do Sul que tornou-se
conhecido no século XVII devido a sua elaboração onde a carne salgada
era exposta ao sol com o objetivo de mantê-la por mais tempo própria ao consumo sendo muito semelhante a carne de sol (esta leva menos sal).
O charque iniciou-se na região de Pelotas
com a chegada do português José Pinto Martins que saiu de Aracati-Ceará devido a uma forte estiagem e nas margens do Arroio Pelotas estabeleceu a primeira
indústria de charque da região, inciava-se assim o ciclo do charque na cidade. A
prosperidade do estabelecimento favorecido pela localização estimulou a criação
de outras charqueadas no século XIV dando origem a povoação que demarcaria o
inicio da cidade de Pelotas.
A produção do Charque tinha como principal destino a
região nordeste (região açucareira por excelência). As embarcações iam
carregadas de carne e voltavam com açúcar o que permitiu Pelotas
consolidar-se na elaboração de seus doces (O açúcar daqui era escasso e de má qualidade)
O Charque era o principal alimento da mão-de-obra escrava no Brasil naquele período sendo um investimento próspero a quem o produzia.Não demorou muito para que Pelotas fosse tomada por diversos casarões
que refletiam o poder político e econômico dos "Barões do Charque" como eram
conhecidos os donos das charqueadas.
Foi no interior desses casarões que começou a fabricação dos doces
portugueses pelas mãos das escravas, acompanhado pelo olhar atento de suas sinhás
Portuguesas. Os doces eram servidos em reuniões da alta sociedade
denominadas Saraus.
Com o tempo passaram a conquistar o paladar dos habitantes da nossa região e passou a ser fonte de renda para algumas famílias. As narrativas contam que os escravos saiam as ruas com tabuleiros contendo doces portugueses, estes eram vendido em praças,portas de igrejas e ruas movimentadas.
A crise do sistema econômico baseado no Charque no século XX entre os anos 1920 e 1930 com a introdução do sistema de refrigeração por eletricidade e a concorrência com as charqueadas do Uruguai e Argentina causou um forte impacto nas famílias que do charque dependiam, nestas famílias as mulheres jovens ou não viram-se na necessidade de agir para assegurarem parte do orçamento doméstico.
A tradição dos doces pelotenses remonta,portanto, ao século XIX, mas foi apenas no começo do século XX que o saber-fazer das doceiras desenvolveu-se como uma atividade econômica de caráter urbano. Paralelamente, na região rural, também chamada de zona colonial, a chegada de levas de imigrantes originários de algumas regiões da Europa, no final do século XIX, contribuiu para o aporte de elementos que foram fundamentais na constituição dessa.
Mas isto é assunto para novas postagens :)
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Este Post é a abertura da seção Conheça Pelotas, nela irei abordar a história de nossa cidade e de seus prédios históricos que resistiram ao tempo e que hoje encantam os Pelotenses e a cada turista que visita Pelotas.
Espero que tenham gostado
Att
Equipe Imperatriz Doces Finos
Fontes:
www.pelotas.com.br
http://www.igtf.rs.gov.br/wp-content/uploads/2012/10/mulheres-e-doces-o-saber-fazer-na-cidade-de-pelotas-2.pdf
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