segunda-feira, 1 de julho de 2013

Pelota logo Pelotas!




Olá
Hoje falaremos sobre o nome da cidade de Pelotas. Como havíamos dito no último post, Pelotas começou a se desenvolver com a presença de charqueadores às margens dos arroios Santa Bárbara,Pelotas, Moreira e São Gonçalo. Formava-se assim a freguesia São Francisco de Paula em 1812, e que só em 1835 ganhou a condição de cidade sendo batizada pelo nome que conhecemos hoje  "Pelotas" ou carinhosamente conhecida como Princesa do Sul.

A origem do Nome
O nome Pelotas é uma referência a uma embarcação rústica improvisada utilizada naquele período para locomoção individual e transporte de pequenas cargas chamada de "Pelota"

Pelota: Feita por Rodrigo Lobato Schlee do Parque Gaúcho de Gramado e utilizada na travessia em comemoração aos 200 anos de Pelotas

Esta embarcação era feita de couro bovino com uma armação de galhos amarrada a uma pessoa (escravos) que a puxava a nado rebocando-a através dos cursos d´ água. A Pelota era muito utilizada no Brasil naquele período em cidades com muitos cursos d agua devido a escassez das pontes.
   Travessia da Pelota no arroio Pelotas em comemoração ao bicentenário de Pelotas-Foto: Nauro Junior

Um fato interessante é que o famoso pintor francês Jean-Baptiste Debret ao conhecer o Brasil no século   XIX registrou com suas pinturas a utilização da embarcação, um presente histórico e muito importante que resistiu ao tempo. Abaixo o desenho


A província de São Francisco de Paula com a sua população estabelecida as margens dos arroios logo foi tomada por tal embarcação e eis que surge assim o nome de nossa cidade "Pelotas".

Nos próximos posts voltaremos a falar de Doces!! :)

Alguma sugestão,crítica ou elogio?
Envie email para: david_jesk@hotmail.com

Obrigado por acompanharem o blog o/

Att Equipe Imperatriz Doces Finos


sexta-feira, 21 de junho de 2013

História de Pelotas : Do sal ao açúcar


Pelotas atualmente é conhecida como a Capital Nacional do Doce devido ao seus famosos e deliciosos doces portugueses, no entanto  ao longo da história foi o Sal que permitiu o desenvolvimento da cidade do Doce e tal título. Isso mesmo,você não leu errado, o Sal.

O Charque e sua relação com os Doces de Pelotas: 


(Charqueada)   Fonte: Projeto Pelotas Memória

O Charque é um alimento típico do Rio grande do Sul  que tornou-se conhecido no século XVII  devido a sua elaboração onde a carne salgada era exposta ao sol com o objetivo de mantê-la por mais tempo própria ao consumo sendo muito semelhante a carne de sol (esta leva menos sal).

O charque iniciou-se na região de Pelotas com a chegada do português José Pinto Martins que saiu de Aracati-Ceará devido a uma forte estiagem e nas margens do Arroio Pelotas estabeleceu a primeira indústria de charque da região, inciava-se assim o ciclo do charque na cidade. A prosperidade do estabelecimento favorecido pela localização estimulou a criação de outras charqueadas no século XIV dando origem a povoação que demarcaria o inicio da cidade de Pelotas.
A produção do Charque tinha como principal destino a região nordeste (região açucareira por excelência). As embarcações iam carregadas de carne e voltavam com açúcar o que permitiu Pelotas consolidar-se na elaboração de seus doces (O açúcar daqui era escasso e de má qualidade)

    O Charque era o principal alimento da mão-de-obra escrava no Brasil naquele período sendo um investimento próspero a quem o produzia.Não demorou muito para que Pelotas fosse tomada por diversos casarões que refletiam o poder político e econômico dos "Barões do Charque" como eram conhecidos os donos das charqueadas.


   Foi no interior desses casarões que começou a fabricação dos doces portugueses pelas mãos das escravas, acompanhado pelo olhar atento de suas sinhás Portuguesas. Os doces eram servidos em reuniões da alta sociedade denominadas Saraus.


Com o tempo  passaram a conquistar o paladar dos habitantes da nossa região e passou a ser fonte de renda para algumas famílias. As narrativas contam que os escravos saiam as ruas com tabuleiros contendo doces portugueses, estes eram vendido em praças,portas de igrejas e ruas movimentadas. 
    A crise do sistema econômico baseado no Charque no século XX entre os anos 1920 e 1930  com a introdução do sistema de refrigeração por eletricidade e a concorrência com as charqueadas do Uruguai e Argentina causou um forte impacto nas famílias que do charque dependiam, nestas famílias as mulheres jovens ou não viram-se na necessidade de agir para assegurarem parte do orçamento doméstico.
   A tradição dos doces pelotenses remonta,portanto, ao século XIX, mas foi apenas no começo do século XX que o saber-fazer das doceiras desenvolveu-se como uma atividade econômica de caráter urbano. Paralelamente, na região rural, também chamada de zona colonial, a chegada de levas de imigrantes originários de algumas regiões da Europa, no final do século XIX, contribuiu para o aporte de elementos que foram fundamentais na constituição dessa.
Mas isto é assunto para novas postagens :)

Este Post é a abertura da seção Conheça Pelotas, nela irei abordar a história de nossa cidade e de seus prédios históricos que resistiram ao tempo e que hoje encantam os Pelotenses e a cada turista que visita Pelotas.

Espero que tenham gostado
Att 
Equipe Imperatriz Doces Finos


Fontes:
www.pelotas.com.br

http://www.igtf.rs.gov.br/wp-content/uploads/2012/10/mulheres-e-doces-o-saber-fazer-na-cidade-de-pelotas-2.pdf


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Doces Certificados de Pelotas – Preservando a história e garantindo qualidade ao consumidor



Hoje iremos entender qual o diferencial de um Doce Certificado de Pelotas se comparado com outros doces do mercado e como isto reflete na qualidade do produto final para o consumidor.

Como havia falado anteriormente, para uma empresa de doces poder utilizar o nome “Doces Certificados de Pelotas” ela deve atender a requisitos pré-estabelecidos no “regulamento técnico de produção” da Associação dos Doceiros de Pelotas

Dentre eles:

-Preservar os ingredientes da receita tradicional portuguesa

-Rastreabilidade da Matéria-Prima

-Alvará de Funcionamento da Empresa

-Manual de Boas Práticas de Produção

Este regulamento visa garantir um alimento seguro e com o Sistema de Rastreabilidade fornecer informações sobre o produto ao consumidor.

Sistema de Rastreabilidade dos Doces Certificados de Pelotas

Os Doces Certificados de Pelotas possuem um Selo em sua renda como o da Foto Abaixo: 





Cada Doce Certificado possui um Selo com um  Nº Rastreador, no exemplo ao lado o código é : BR000000623A
Portando este número você acessa o site : http://docesdepelotas.org.br/sistema/consumidor




Informa o código no campo Código IP e clica em Rastrear Doce como mostrado a seguir:


Após isto abrirá uma janela como está:


 Nesta página voce irá encontrar informações a respeito do produto que você comprou tais como:

- Informações de conservação, Data de Produção e Validade do  Doce

-Ingredientes utilizados na sua elaboração e suas respectivas validades

-Empresa Produtora

-Fotos do Doce

Nesta página há um campo onde você também pode deixar sua crítica,dúvida e elogio a respeito do sistema de rastreabilidade e dos Doces Tradicionais de Pelotas.

Quer saber mais sobre a Associação dos Doceiros de Pelotas acesse:

Qualquer dúvida a respeito do sistema envie um email para : atendimento@imperatrizdocesfinos.com ou atendimento@docesdepelotas.org.br

Até o próximo post  :)
Att
David Jeske

sábado, 18 de maio de 2013

Doces Tradicionais de Pelotas : Para provar que é bom


   Olá hoje vamos conhecer a Associação dos Doceiros de Pelotas,a idealização do projeto de Indicação de Procedência dos Doces Tradicionais de Pelotas e sua importância econômica e histórica para a cidade.A associação começou através do Projeto Polo Doce de Pelotas em 2006 conduzido pelo SEBRAE/RS, este reuniu empresários do setor visando a profissionalização com técnicas de fabricação dos mesmos.
  Em abril de 2008 formalizou-se a Associação dos Doceiros de Pelotas que tinha como meta garantir a tradição dos doces ao território Pelotas, através do desenvolvimento do Projeto "Indicação de Procedência dos Doces de Pelotas". Para tal, construíram um regulamento técnico de produção dos doces tradicionais que padroniza a receita do produto a fim de evitar alterações na receita original.

O que é a indicação de procedência?
  Quando um lugar possui reputação atrelada a determinado produto ou serviço é possível ser reconhecido como um tipo de indicação geográfica denominado de indicação de procedência, no caso de Pelotas, os doces se limitam a região de Pelotas ou seja a todas as cidades que pertenciam a Pelotas no passado (Turuçu,São Lourenço,Capão do Leão,Morro Redondo e Arroio do Padre).

   Dia 31 de Novembro de 2011 a presidente da associação Maria Helena Lubke Jeske recebeu em solenidade o Certificado de Indicação Geográfica (IG), que garante a associação exclusividade sobre o uso da marca Doces de Pelotas. Portanto somente os produtores da associação que cumprem o regulamento técnico poderão fazer uso do nome "Doces de Pelotas" , garantindo qualidade ao consumidor.


Abaixo a lista dos Doces Certificados de Pelotas:

Camafeu
Fatia de Braga

Olho de Sogra

Panelinha de Coco

Ninho

Pastel Santa Clara

Queijadinha

Quindim

Papo de Anjo

Trouxinha de Amêndoas
Amanteigado
Beijinho de Coco
Bem Casado
 
Broinha de Coco























































No próximo post iremos retomar esse assunto explicando sobre a importância da rastreabilidade do doce certificado para o consumidor e como isso reflete na qualidade final do produto.

Att David Jeske

sábado, 11 de maio de 2013

A Doçaria Conventual Portuguesa e os Doces Tradicionais de Pelotas



Convento de Santa Clara (Coimbra- Portugal)

Olá
Hoje falarei da importância dos conventos para a história da culinária de Portugal e sua relação com os doces tradicionais de Pelotas



A doçaria conventual é aquela praticada em conventos por freiras que veio a se fortalecer a partir do século XV com o plantio da cana-de-açúcar  na ilha da madeira em Portugal (Açúcar era um ingrediente raro, não muito conhecido e muito valioso naquele período).Até este momento o adoçante que se tinha maior conhecimento e acesso era o mel, a chegada do açúcar em Portugal permitiu a criação de novas receitas.
    Os conventos eram compostos na grande maioria por mulheres que não tinham escolhido a vida conventual por fé, mas sim por imposição social e para se entreterem durante o interminável tempo claustral, dedicavam-se à confecção de doces, diversificando-os e aprimorando suas as receitas ao longo do tempo.
   Dentre os variados ingredientes utilizados nos conventos destaca-se o açúcar, amêndoas e ovos(Gemas) devido a sua abundância em Portugal naquela época.
Vale ressaltar a importância na utilização da gema, durante os séculos XVIII e XIX Portugal era considerado o principal produtor de ovos da Europa, no entanto apenas a clara dos ovos possuía importância econômica, esta era exportada e utilizada como purificador na produção de vinho branco e para engomar ternos, já a gema antes de ser utilizada nas receitas dos conventos era descartada ou então dava-se aos porcos nas fazendas.
   Em razão deste fato histórico teve-se então a criação de muitos doces tendo sempre como base a gema que excedia as toneladas na época.
Abaixo irei destacar alguns doces conventuais portugueses que fazem parte dos Doces Tradicionais de Pelotas e que tem as gemas como principal ingrediente:

Papo de Anjo

Pastel Santa Clara

Ninho

 Trouxinha de Amêndoas

Quindim

Queijadinha



A história da culinária de Portugal está muito ligada aos conventos, sendo estes até hoje conhecidos por suas iguarias. 
Neste link encontra-se outros doces portugueses conventuais:

Quer conhecer mais sobre esses e outros doces acesse:

Att

David Jeske

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Doces recebem destaque em publicação nacional




Depois da conquista da Indicação Geográfica (IG) para os doces tradicionais que seus associados produzem e do título nacional de Mulher de Negócios na categoria Negócios Coletivos para a presidente Maria Helena Jeske, a Associação dos Produtores de Doces de Pelotas ganha duas novas vitrines: uma na terceira edição do Catálogo de Iniciações Geográficas Brasileiras do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e outra na capa da edição de abril de 2012 da revista Tempo de Agir, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) gaúcho.

Na revista, tendo ao fundo o Casarão 2 da praça Coronel Pedro Osório, o prédio atual da Secretaria Municipal de Cultura, o tema da capa destaca a premiação nacional da Associação dos Produtores de Doces, a primeira obtida pela Regional Sul do Sebrae, com sede em Pelotas, lembrou a gerente Rosâni Ribeiro. Para a presidente da Associação, é o reconhecimento do trabalho feito pelos doceiros de Pelotas e também da tradição doceira da cidade. A publicação terá circulação em todo o território nacional.

Produtos do Catálogo 

O catálogo foi lançado na quinta-feira (26), para assinalar o Dia Mundial da Propriedade Intelectual, em evento na sede do INPI no Rio de Janeiro. Publicado em português, inglês e espanhol, reúne as 14 IGs registradas no país até o ano passado: 12 indicações de procedência e duas de denominação de origem.

Nesta edição, a publicação destaca o crescimento do número de indicações geográficas brasileiras. Em 2008, o país tinha apenas quatro indicações de procedência. Em 2009, o número chegou a seis e, em 2011, foram concedidos 12 registros, além da incorporação das duas primeiras denominações de origem brasileiras. O Catálogo está disponível na versão digital e é obtido pelo site: http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/acoes-sebrae/consultoria/indicacao-geografica/catalogo_ig.pdf

Por: Maria da Graça Marques
graca@diariopopular.com.br
Fonte: http://www.diariopopular.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?id=2&noticia=51467







sexta-feira, 9 de março de 2012

Cerimônia consagra empreendedoras de sucesso


A empresária Maria Cristina Muradas Ruffo, proprietária da Mr.Krocco, de Maceió (AL), e a doceira Maria Helena Lubke Jeske, presidente da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas (RS), foram as vencedoras nacionais do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, nas categorias Pequenos Negócios e Negócios Coletivos, respectivamente. A cerimônia de premiação ocorreu nesta quinta-feira (8), no auditório da sede do Sebrae Nacional, em Brasília, e fez parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher.
A categoria Pequenos Negócios é voltada às proprietárias de micro e pequenas empresas e a de Negócios Coletivos engloba as integrantes de associações e cooperativas com geração de renda.

Receberam o troféu prata em Negócios Coletivos as empreendedoras Maronita Antunes Clemente (GO), Maria Nazaré Barbosa (PB), Branca Lúcia Neiva de Carvalho Silva (SP) e Alvira Soares de Melo (MS). Na mesma categoria, levaram o bronze as empresárias Giani Marisa Borges (PR), Maria Andrade da Costa (AC) e Arlete Silva Andrade (RN).

Conquistaram o segundo lugar na categoria Pequenos Negócios as empresárias Cecília Ivonete Chaves Machado (RS), Juliana Bicalho Sanchez (PR), Creuza de Souza Távora (AP) e Carla Gomes Silva (DF). Já os troféus de bronze foram entregues às empreendedoras Florentina Zanone (SP), Jane Luiza Felix Prata Vieira (MS), Bernardete Vieira de Almeida (PE) e Analú Barofalde (RO).

O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, destacou que mais de 16 mil mulheres já participaram do prêmio, que existe há oito anos. “É um verdadeiro desafio eleger as melhores histórias, por isso, considero todas vencedoras”, disse. A final foi disputada por 40 empreendedoras que ganharam as etapas estaduais. Nesta oitava edição, foram registradas 3,6 mil inscrições em todo o país.

A cerimônia de premiação foi comandada pela jornalista Rosana Jatobá, da Rede Globo de Televisão. Durante o evento foi firmado um convênio de cooperação para incentivar a autonomia das mulheres no mercado de trabalho. O documento foi assinado pelo presidente Luiz Barretto e pela subsecretária de Planejamento e Gestão da Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República, Maria do Carmo Goudinho.

Encantamento
O presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, Roberto Simões, enfatizou o aumento da participação das mulheres no universo empresarial. “Hoje, elas representam 50% dos dois milhões de Empreendedores Individuais brasileiros”, apontou. Ao se dirigir às empresárias, Simões afirmou que além da competência e da observação apurada, as mulheres trazem um charme a mais ao mundo dos negócios. “Não percam esse encantamento”, brincou.

Na solenidade também foi lançada a edição 2012 do prêmio. A novidade é que, além das duas categorias já existentes, o Sebrae vai premiar ainda as empreendedoras individuais, que atuam por conta própria e têm faturamento de até R$ 60 mil por ano. Ao final da premiação, as empresárias participaram de um coquetel animado pela cantora Renata Jambeiro.

O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios reconhece o esforço das mulheres que investiram no sonho de ter a própria empresa, além de servir como incentivo ao empreendedorismo feminino. A premiação é feita em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), a Fundação Nacional da Qualidade (FQN) e a Federação das Associações de Mulheres de Negócios Profissionais do Brasil (BPW).

Fonte: 
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI298373-17180,00-CERIMONIA+CONSAGRA+EMPREENDEDORAS+DE+SUCESSO.htm